terça-feira, junho 05, 2012

A introspecção natural do ser...(no caso, eu!)

Quando eu estava no primeiro ano do 2º Grau, namorei um garoto mais velho... Nossa, ele era muito mais velho que eu...hahaha Estava no 3º ano. Ele era muito alto, louro e de olhos incrivelmente azuis... E se chamava Diogo. Nos encontrávamos no final do horário pq na hora do recreio a criatura queria ficar com os amigos e a bedel da escola não deixava nenhum casalzinho em paz...
Como ele era muito mais velho que eu, eu era super-mega-hiper insegura pra conversar e por vezes no trajeto até o portão da saída da escola ele puxava altos papos, mas eu respondia monossilábicamente poucas coisas... Era chato, pq ele fazia muitas perguntas. Imaginem a cabeça de uma adelescente de 15 anos querendo aprender coisas sobre técnicas de beijos e o gatinho só querer conversar??? Ah, faça-me o favor, né??? rsrsr
Aí, minha tática era ficar quieta com o olhar perdido... Eu fazia isso sem pensar, sem nem me tocar. Percebi que era uma arma de mistério e usava sempre... Só que o respectivo rapaz não gostava muito disso e com razão. Aí um dia ele perguntou o pq de tanta introspecção... What???????? É o que, gatinho??????? Não sabia o que era introspeção... ai que sufoco...
Minha resposta: Nada... sou assim mesmo... (ufa!!! me saí bem!)
Dias depois eu recebi um bilhete pelo irmão dele que estudava na minha sala e que dizia que era melhor a gente terminar pq eu tinha muito mistério comigo e ele não era muito chegado a esse lance de ficar desvendando coisas...
Resultado: Primeiro fora, mas primeira sensação de liberdade... Aaaaah, fala sério!!! Eu nem queria muito namorar ele...kkkkkkkkkkkkkkk
Aí, durante minha vida tive outros momentos de introspeção, claro, só que agora sabendo o que significava e tal, mas nunca foi tão forte quanto agora nesse momento que estou vivendo.
Às vezes eu penso tanto, faço tantas coisas que quando chego em casa depois de trocar algumas palavras com marido e filho, me volto para o meu mundo de pensamentos misteriosos (cara de mal!!!).
Na verdade eu nem sei pq faço isso, mas acho que às vezes nosso silêncio nos faz muito bem. talvez nem tanto aos que estão à nossa volta e aí, esses dias atrás, fui obrigada a ouvir o que ouvi há milênios atrás (de forma diferente, claro): Nossa, amor... que quietinha vc está!! Tá misteriosa...
Poxa, gente!!! Somos como somos e às vezes um pouquinho mais, né?
Mas o bom é que não dura pra sempre essa tal lei do silêncio!!! Logo logo volto falando pelos cotovelos...
O importante é a gente se respeitar e respeitar os que estão a nossa volta tbm. Nossas relações precisam de nossos sorrisos, de nossos choros, de nossos tagarelices e até dos nossos silêncios repentinos.

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